março 04, 2008

Amor de quatro paredes

És tão linda na minha caixa. Desenhei-a para ti. Sólida. À média luz. Confortável. Com todo o meu a... mor.

Amo-te em toda a largura, comprimento e altura do meu coração, ainda que ao longo de todos os dias passados nunca o tenha dito.

Não tenho espaço para te amar fora dele. Só no seu interior te sinto... Rio, grito, rememoro a tua voz, beijo-te com imensa ternura e sei que tudo é pouco para te amar.

Sei que as palavras o vento as levou, por isso nunca fui capaz de admiti-lo e dizê-lo, mas tu sabes... Só gosto de ti no meu mundo, no meu quarto, nas minhas quatro paredes, no meu âmago. Não quero ser capaz de (te) amar (n)o teu mundo, entre os teus, lá fora, ao sol que queima. Não sei o que é viver fora de mim. Se te dizes “minha”, assim permanece. Quero-te única e exclusivamente e não mulher vulgar quando estás fora da minha caixa, longe de mim...

Funde as tuas pernas no meu caminho, tenta em vão levar-me contigo ainda que saibas que não posso, que não quero. Gosto de ti cansada, sempre te posso deitar comigo quieta e sem manifestações.

Não queiras sair deste a...mor... não há fim anunciado para esta condição. Sempre ficaste presa a quem se une à tua solidão.


Estás a negar-me!!!!

3 comentários:

NoLogo disse...

Ficava bem ao 'Tomas' dizer isso a 'Tereza'!

Nani disse...

insustentável leveza do ser?

L disse...

nep.. only me!! :p

Ou se ficava .. :)