maio 09, 2010

A t é j á



Sempre me dei bem com toda a gente. Não sei se é por tentar ser conciliadora ou mediadora de conflitos ou porque nunca tive nenhum problema de maior que justificasse tomar grandes partidos ou cortar relações. Acho de bom tom manter sempre um mínimo de relação/comunicação com as pessoas. Isso é visível no meu dia-a-dia, encaixo-me em vários grupos sem ser de todo amiga de longa data, mas isto também tem as suas consequências, sinto-me várias vezes sozinha porque não tenho logo ali ao meu lado os meus "ombros amigos", pelo menos fisicamente.

Ultimamente, tenho chegado à conclusão que esta minha política é insuficiente ou então impossível de praticar, pelo simples facto de certas pessoas não fazerem mesmo falta na nossa vida, logo não tenho de fazer os possíveis para manter uma dita cordialidade. Ou então, certas pessoas magoam-nos e se tivermos um mínimo de amor próprio devemos tentar cuidar de nós e não delas.
Acabei de declarar "afastamento temporário indeterminado" a uma pessoa que adoro. É minha confidente há anos, é quem me conhece melhor, é o meu fetiche intelectual, mas magoa-me. Em nome de alguma decência e da minha auto-estima resolvi ajudar-me, daí este afastamento. Não estou certa que tenha sido a melhor solução porque a sua ausência vai-me fazer MUITA falta, mas de quem eu não posso mesmo ter saudades é de mim e é por isso que me afasto. Espero não me arrepender. Espero tornar-me mais independente. Espero fazer falta à outra pessoa. Espero que possamos aprender.

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