maio 25, 2008

Cais do Sodré


Estava na estação de metro do Cais do Sodré a preparar a carteira para comprar um bilhete de comboio para a linha de Cascais. Como a grande maioria de pessoas desconfiada que anda nos transportes em Lisboa, olhei para a esquerda, depois, olhei para a direita (é praticamente como o ritual de passar a estrada).

Junto da máquina que ia utilizar estava um gajo novo com o chamado mau aspecto a prestar ajuda aos turistas que por ali andavam...

Por mim correram uma série de pensamentos...

Porque é que fazes isto?
O que é que fazes aqui?
Serias tão bonito sem a barba e se estivesses limpo...

Chegou a minha vez de inserir a moeda e lá veio ele com a velha ladaínha de sempre: Depois dás-me uma ajuda?

E eu respondi para mim: Ajuda pelo quê? Eu sei mexer nisto sozinha... enquanto escolhia as moedas que afinal ia dar.

Eu nem sou de dar esmolas. Não concordo. Tenho sempre em mim a sensação de estar perante uma mentira, um engano e não diante de alguém que precisa... Além disso, estaria a dar dinheiro para um vício... e eu não gosto de vícios absolutos, vícios donos do eu.

Mas neste caso, não pude dizer que não. Ali lado a lado, um pedido tão frontal.... Lá lhe dei 1€ para o bolinho e disse-lhe: Tem juízo - e sorrimos os dois.

Continuei na minha vidinha e enquanto ia para a minha linha de comboio matutei:

Dinheiro mal empregue ou boa acção do dia?
Aqueles dentes são mesmo de quem consome crack... belo bolinho o teu!
Quando os meus amigos não tiverem dinheiro para as suas ilegalidades vou-lhes dizer para vir para o Cais do Sodré: farão dinheiro que se fartam!!
Se lhe sobrar dinheiro da droga espero mesmo que coma...

ESPERO QUE ELE LEVE EM CONTA A MINHA RECOMENDAÇÃO...

1 comentário:

telma disse...

a ultima vez que recusei dar dinheiro uma amiga minha minha levou uma chapada LOL xD agora damos sempre.